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Toxocaríase

A Toxocaríase é uma doença parasitária causada por larvas de vermes nematódeos do gênero Toxocara, sendo o Toxocara canis (cujo hospedeiro definitivo é o cão) e o Toxocara cati (que tem o gato como hospedeiro definitivo) os principais agentes causadores (com destaque para o primeiro, que é considerado o principal agente etiológico). São descritas três formas de manifestação clínica da doença: Toxocaríase Visceral, Toxocaríase Ocular e Formas Atípicas, dependendo da carga parasitária, do padrão de migração larvária e da resposta imune do hospedeiro.

A forma visceral caracteriza-se por anemia, febre, manifestações pulmonares, hepatomegalia e edemas, entre outros sintomas. O homem (que atua como um hospedeiro acidental) pode se contaminar pela ingestão de ovos contendo a larva em estágio infectante, fato possibilitado pelo contato com fezes de animais (cães ou gatos, especialmente filhotes) contaminados. As crianças se infestam principalmente ao brincar em tanques de areia e playgrounds contaminados.  No intestino, o ovo eclode e a larva penetra na mucosa intestinal, migrando através da circulação portal para o fígado. Aí, ela pode se encapsular ou migrar para diversos órgãos (como coração, olhos, pulmões) através da circulação sistêmica.


A forma ocular é a mais freqüente e se caracteriza pela presença de larvas ou restos larvários no globo ocular, normalmente com envolvimento unilateral (ou seja, de um dos olhos). A invasão do olho pela larva de Toxocara ocorre durante a disseminação desta pela circulação sistêmica. Os acometimentos oculares mais comuns são: endoftalmite (que é, de forma simplificada, o afundamento do globo ocular na órbita) e granuloma retiniano. Quando não diagnosticada, a toxocaríase ocular pode provocar uma perda progressiva da visão e culminar em catarata, atrofia ocular ou cegueira (daí a importância do diagnóstico precoce da doença).

Nas formas atípicas, temos manifestações clínicas inespecíficas, como dor abdominal recorrente, cefaléia, astenia e hepatomegalia.

Texto escrito por:
Everton José Moreira Rodrigues (integrante do PET-Medicina/UFC)




 

 

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