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Meduloepitelioma

Meduloepitelioma intra-ocular é uma rara neoplasia embrionária neuroectodérmica, originada do epitélio ciliar não-pigmentado indiferenciado. Apresenta crescimento lento, sendo localmente agressivo e com metástases à distância infreqüentes.

Essa rara neoplasia ocular teve sua primeira descrição histológica detalhada feita por Voerhoeff em 1904. Em 1931, Grinker propôs o termo meduloepitelioma, denominação esta mais utilizada modernamente. Ela surge, na maioria das vezes, na infância, de maneira unilateral. Acomete, preferencialmente, o corpo ciliar, podendo raramente ser encontrado no nervo óptico ou na retina.

Os meduloepiteliomas são mais evidentes durante a primeira década de vida, com uma média de idade variando de 4 a 7 anos e sem diferença entre os sexos. As manifestações clínicas mais freqüentes são perda visual devido à subluxação do cristalino, presença de massa branca retrolental, dor, proptose, catarata e glaucoma.

A aparência do tumor ao exame biomicroscópico e oftalmoscópico fornece os melhores subsídios para o diagnóstico. Uma característica clínica peculiar desse tipo de neoplasia é o atraso no diagnóstico e no tratamento, que pode ser decorrente da necessidade de um bom período de observação, no qual são feitos testes para estabelecer um diagnóstico diferencial, justificando, dessa forma, a conduta cirúrgica aplicada caso seja meduloepitelioma.

A forma mais freqüente de tratamento atualmente é a enucleação (extirpação cirúrgica do globo ocular), devido ao fato de o tumor ser agressivo, diminuindo as chances de recidiva local que ocorrem nos casos de tratamento mais conservador. Esse tipo de intervenção cirúrgica é justificável, uma vez que os pacientes possuem geralmente olhos dolorosos, com pouca ou nenhuma visão, e são portadores de uma neoplasia potencialmente maligna.

Os pacientes geralmente apresentam uma boa sobrevida após a cirurgia de enucleação, com baixos índices de recorrências e raras metástases. Pacientes na faixa etária adulta, no entanto, podem apresentar formas mais agressivas, com áreas sarcomatosas, alta taxa mitótica, pleomorfismo e pior sobrevida.

Devido a essas complicações que podem ocorrer em pacientes com meduloepitelioma não tratado, é que o teste do olhinho torna-se essencial, já que através dele podem ser identificadas alterações, as quais induzem o profissional que realiza o teste a encaminhar para u especialista. Quanto antes se obtém o diagnóstico e realiza o tratamento, menores serão os riscos de complicações, como metástases.

Texto escrito por:
Caio Abner (integrante do PET-Medicina/UFC)




 

 

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